Pular para o conteúdo principal

O Amor acabou

Não deixe que os demais palpitem na sua vida
Deixe apenas o seu coração palpitar
Entre o que se significa e o que se ressignifica
Muita coisa vem e pouca coisa vai ficar

Aquilo que nos conecta é um néctar
Que como abelha, tiramos um do outro
E o que nos afeta é veneno que infecta
Vinda de outros corpos, de outros rostos

As suas paranoias criam estórias inexistentes
Isso me entristece e é o que mais me abate
Logo eu que amo te fazer sorrir intensamente
Odeio guerras e não entro nesses embates

Contudo, a distância foi se tornando mais real
Os dias se passavam e o néctar foi perdendo todo o seu poder
O muito foi se tornando pouco, então, habitual
E não nos habitávamos mais enquanto parecíamos nos perder

Foi quando percebi que nunca nos pertencemos
Não éramos um do outro, nunca fomos
O luto foi chegando, apertando e se fortalecendo
Deixei o afeto, fui núcleo, cromossomo

Só assim eu pude renascer, engatinhar e crescer de novo
Abri minha gaiola, mas fui eu o pássaro que voou
A recuperação veio, só que as forças voltaram aos poucos
Pois foi muito difícil perceber que o amor acabou

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Verdadeira Oração

Uma paz de não estar aqui Uma meditação para chorar e sorrir Um motivo de ser e sentir O corpo cobrir, a alma vestir e partir Quando o arrepio não é calafrio Quando o escuro não é sombrio Quando o silêncio não é desafio Quando distância não é hospício Faz contato com o seu Deus...

O Verbo

Você nunca vai aprender o que acha que já sabe E olha, tem sempre algo novo para explorar Você nunca vai entender nem um terço da metade Porque é preciso investigar e se aprofundar A verdade que você conhece hoje, é apenas a sua verdade Mas tem muito mais coisas do outro lado da porta Dentro do seu mundo, nunca vai compreender a realidade Viverá no raso daquele do que não conheceu lá fora Então meu caro amigo... Consegue entender isso? Mas esse é o medo de quem te controla Não é e nunca deveria ser o seu Então saia dessas amarras, se desenrola  Para ser cético não precisa ser ateu A fé é composta e muito maior do que meros dogmas e rédeas  Aprenda com a sua caminhada e não com quem inventa regras O verbo se fez carne e habitou entre nós Cheio de graça, curou a sua cegueira Sussurrou aos poucos que ouviam sua voz E disse "vai, que essa vida é passageira"

Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!