Não deixe que os demais palpitem na sua vida
Deixe apenas o seu coração palpitar
Deixe apenas o seu coração palpitar
Entre o que se significa e o que se ressignifica
Muita coisa vem e pouca coisa vai ficar
Muita coisa vem e pouca coisa vai ficar
Aquilo que nos conecta é um néctar
Que como abelha, tiramos um do outro
E o que nos afeta é veneno que infecta
Vinda de outros corpos, de outros rostos
As suas paranoias criam estórias inexistentes
Isso me entristece e é o que mais me abate
Logo eu que amo te fazer sorrir intensamente
Odeio guerras e não entro nesses embates
Contudo, a distância foi se tornando mais real
Contudo, a distância foi se tornando mais real
Os dias se passavam e o néctar foi perdendo todo o seu poder
O muito foi se tornando pouco, então, habitual
E não nos habitávamos mais enquanto parecíamos nos perder
Foi quando percebi que nunca nos pertencemos
Não éramos um do outro, nunca fomos
Foi quando percebi que nunca nos pertencemos
Não éramos um do outro, nunca fomos
O luto foi chegando, apertando e se fortalecendo
Deixei o afeto, fui núcleo, cromossomo
Só assim eu pude renascer, engatinhar e crescer de novo
Abri minha gaiola, mas fui eu o pássaro que voou
A recuperação veio, só que as forças voltaram aos poucos
Pois foi muito difícil perceber que o amor acabou
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