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Ori

Eu vi a minha fé se fortalecer na ausência
E o que impulsionou foi a sensação de impotência
Ao ter a mente inquieta, entendi a paciência
E ao abraçar a solidão, me desapeguei da carência 

Pois foi o Sol, a Lua e as velas acesas
O choro e a gargalhada na rua das friezas
Na Avenida da Saudade, a profundeza 
Mas na Avenida da Amizade, toda a pureza

Eu vi as estrelas em um céu distante
E distante da cidade, estrelas no chão
Na beleza de um horizonte intrigante
Como se fosse o reflexo e a reflexão

Onde a vida também imita a arte ao se recriar
Se reinventar, ressuscitar e assim, se libertar

A minha fé e oração estão mais intensas
E isso não tem haver com as crenças
Vai além do que tenho ciência e consciência
Não sei explicar e essa é a recompensa

Saber que nada sei é absorver
E nunca perder é compreender
Que poucas vezes eu irei vencer
Mas muitas vezes, irei aprender 

O trono da fé é o meu ori
É onde eu aprendi a sorrir
Nas adversidades reluzir
E na bonança, apenas sentir

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