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Ori

Eu vi a minha fé se fortalecer na ausência
E o que impulsionou foi a sensação de impotência
Ao ter a mente inquieta, entendi a paciência
E ao abraçar a solidão, me desapeguei da carência 

Pois foi o Sol, a Lua e as velas acesas
O choro e a gargalhada na rua das friezas
Na Avenida da Saudade, a profundeza 
Mas na Avenida da Amizade, toda a pureza

Eu vi as estrelas em um céu distante
E distante da cidade, estrelas no chão
Na beleza de um horizonte intrigante
Como se fosse o reflexo e a reflexão

Onde a vida também imita a arte ao se recriar
Se reinventar, ressuscitar e assim, se libertar

A minha fé e oração estão mais intensas
E isso não tem haver com as crenças
Vai além do que tenho ciência e consciência
Não sei explicar e essa é a recompensa

Saber que nada sei é absorver
E nunca perder é compreender
Que poucas vezes eu irei vencer
Mas muitas vezes, irei aprender 

O trono da fé é o meu ori
É onde eu aprendi a sorrir
Nas adversidades reluzir
E na bonança, apenas sentir

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O Verbo

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Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!