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Lazaro

Com o tempo a gente perde a sensação
O prazer de apreciar cada lição
Cada ligação ou fração
Cada sonho ou superação

Peço luz aos que estão na escuridão 
E aos que já estão na luz, peço proteção
Pra que eles permaneçam
No caminho da evolução 

Tem lugares que queremos voltar
Mas que é preciso se desapegar
Mentiras de um passado não linear
Escuso e oculto no imaginar

A nostalgia é um lugar perigoso
E a terra dos sonhos é um lugar misterioso
Esconde o que é real e doloroso
Ao descobrir que o amor pode ser rancoroso

Subia no último andar para te esperar
Ver as luzes da cidade ao te enfeitar 
Chegava antes pr'um momento a sós
Um silêncio, um instante, eu e sua voz

Tivemos nosso canto, nunca fomos donos
Onde nos abraçamos e dividimos sonhos
Quantas vezes eu repeti que não sou perfeito
Sou o que posso te dar, sorrisos e defeitos 

Essa não é uma canção de amor
Nunca foi, foi só um passado que infeccionou
Eu tentei largar e ainda tento
Onde traguei meus vícios e soltei aos ventos

A nostalgia é um lugar perigoso
E a terra dos sonhos é um lugar misterioso
Esconde o que é real e doloroso
Ao descobrir que o amor pode ser rancoroso

Às vezes pedimos a cura em nossos corpos
E esquecemos da mente e da alma
Mas a dor é uma aviso na pele e nos ossos
Que apenas diz - beba água, se acalma

O mundo anda muito corrido meu filho, descansa
Aproveite, sinta o sabor e livre-se dessa sua ânsia 

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias