Pular para o conteúdo principal

O Mar, o Maná e o Emanar

Todo recomeço tem um preço caro a pagar
E às vezes é mais fácil apagar e sumir
Não assumir a fraqueza e não se concertar
Ou não se concentrar nos cacos, se ferir

É no suspiro onde pode escutar seu próprio pranto
Ondas na concha em ventos de um eterno outono
Onde consegue o breve silêncio mental do banho
E as vozes desaparecem quando visita o seu sono

Pois os ruídos te impedem de se ouvir
As inúmeras paisagens te impedem de se enxergar
Os vários toques o impedem de te sentir
Como vários caminhos, te impedem de se encontrar 

Quando pensa em decidir também pensa em desistir
E tenta ser mais forte que a própria fraqueza 
Quando pensa que resistir é fortalecer o ato de existir
E tenta agradecer mesmo em meio a tristeza

Às vezes enxerga a formula de como querem nos cegar
Ao ver as injustiças causadas pela falsa liberdade
Falam em nome do deus do amor tentando nos machucar 
São donos da razão abraçados na individualidade

Numa casa sem paredes, sem janelas e sem nada
Um homem que nos observa lá do meio da encruzilhada 
Protege os que precisam e os que estão na caminhada
Acolhe os que carecem e os que escolheram essa jornada

Muitos tentam apagar a sua luz
Mas é na escuridão que ele se fortalece
Ele coloca uma capa e um capuz
Faz o perverso se arrepender em prece

Quando pensa em decidir...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Verdadeira Oração

Uma paz de não estar aqui Uma meditação para chorar e sorrir Um motivo de ser e sentir O corpo cobrir, a alma vestir e partir Quando o arrepio não é calafrio Quando o escuro não é sombrio Quando o silêncio não é desafio Quando distância não é hospício Faz contato com o seu Deus...

O Verbo

Você nunca vai aprender o que acha que já sabe E olha, tem sempre algo novo para explorar Você nunca vai entender nem um terço da metade Porque é preciso investigar e se aprofundar A verdade que você conhece hoje, é apenas a sua verdade Mas tem muito mais coisas do outro lado da porta Dentro do seu mundo, nunca vai compreender a realidade Viverá no raso daquele do que não conheceu lá fora Então meu caro amigo... Consegue entender isso? Mas esse é o medo de quem te controla Não é e nunca deveria ser o seu Então saia dessas amarras, se desenrola  Para ser cético não precisa ser ateu A fé é composta e muito maior do que meros dogmas e rédeas  Aprenda com a sua caminhada e não com quem inventa regras O verbo se fez carne e habitou entre nós Cheio de graça, curou a sua cegueira Sussurrou aos poucos que ouviam sua voz E disse "vai, que essa vida é passageira"

Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!