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O Mar, o Maná e o Emanar

Todo recomeço tem um preço caro a pagar
E às vezes é mais fácil apagar e sumir
Não assumir a fraqueza e não se concertar
Ou não se concentrar nos cacos, se ferir

É no suspiro onde pode escutar seu próprio pranto
Ondas na concha em ventos de um eterno outono
Onde consegue o breve silêncio mental do banho
E as vozes desaparecem quando visita o seu sono

Pois os ruídos te impedem de se ouvir
As inúmeras paisagens te impedem de se enxergar
Os vários toques o impedem de te sentir
Como vários caminhos, te impedem de se encontrar 

Quando pensa em decidir também pensa em desistir
E tenta ser mais forte que a própria fraqueza 
Quando pensa que resistir é fortalecer o ato de existir
E tenta agradecer mesmo em meio a tristeza

Às vezes enxerga a formula de como querem nos cegar
Ao ver as injustiças causadas pela falsa liberdade
Falam em nome do deus do amor tentando nos machucar 
São donos da razão abraçados na individualidade

Numa casa sem paredes, sem janelas e sem nada
Um homem que nos observa lá do meio da encruzilhada 
Protege os que precisam e os que estão na caminhada
Acolhe os que carecem e os que escolheram essa jornada

Muitos tentam apagar a sua luz
Mas é na escuridão que ele se fortalece
Ele coloca uma capa e um capuz
Faz o perverso se arrepender em prece

Quando pensa em decidir...

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias