De mãos atadas eu olhei para o tempo
Segui o som e a voz que vinha de dentro
Era mais forte que e eu fiquei em silêncio
Em algo que só eu ouço, que só eu vejo
O que aconteceu com a conexão da alma?
Pensamentos, criações e até meus fantasmas?
Tudo sumiu como num passe de mágica
E tudo se reconectou sem as barrigas cortadas
Então de uma cartola não sairam coelhos
Fui olhar mais de perto e era apenas o meu espelho
Aquela conversa entre eu e o eu mais velho
Mas foi o eu mais novo que me deu bons conselhos
Parece papo de doido e talvez seja
Talvez não, é
Mas foi algo que me trouxe clareza
Essência de fé
Não é tudo que Freud explica
Mas sim, quem lê Jung que se complica
Trago de uma fragrância nítida
E a fumaça daquilo que perdeu de vista
Quando você não tem nada
Você acaba achando que não merece
É prático, didático da caminhada
É prático, didático da caminhada
Pois pregam que é dando que se recebe
Dando o quê meu irmão?
Dando o quê?
É andando que se recebe
Dando o quê?
É andando que se recebe
É silenciando que se ouve a mente
É errando que se aprende
É aceitando que se olha para frente
É errando que se aprende
É aceitando que se olha para frente
Dos caminhos e encruzilhadas não me arrependo
Pois eu nunca perco, ou eu ganho, ou eu aprendo
Comentários
Postar um comentário