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Rudimentar

Não sou tão de ferro quanto pensei
Mas continuo a forjar-me em brasas todo dia
Enquanto o corpo está a fortalecer
Ganho o equilíbrio para a lâmina que se afia

Não sou tão de rocha quanto pensei
Tenho que me unir do alicerce ao topo
Ser muro seguro pra poder proteger
Os que abrigo e fazer parte de um todo

Não sou tão correnteza quanto pensei
As águas que tenho precisam de uma direção
Um norte para ser forte e poder vencer
Com o brilho e a clareza como a fé e a oração

Não sou tão incêndio quanto pensei
A chama que queima em mim devasta pouco
Precisa do vento que ainda busco ter
Terra, raiz, luz, elementos para entrar no jogo

Sou de pele, sangue, alma e espírito
Mas sou de guerra, apesar de buscar pela paz
Sou de crenças em espera pelo rito
Da confiança que a passagem seja algo a mais

Sonho e por isso batalho por conquistas
Em prólogos de quedas e esperanças
Sofro e suporto, mas eu continuo otimista
Capítulos de tempestades e bonanças

E se vitória vier só no final, estarei lá...

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