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Raiares

Involuntária atração gravitacional
Enquanto o espírito anseia pelo céu, pelo ar
Apesar das razões ao operacional
No sonhar encontra-se o seu desejo de voar

Quando há uma queda brusca e tu precisa acordar
Entre o terminal e a central
Os olhos vão para várias direções no escuro do lar
Era pesadelo e agora é real

O preconceito está no olhar
E é horrível ver esse forte ódio pelos que nem te conhecem
O respeito está só no falar
Não no fazer, pregam o que em suas almas não preenchem

Vão nos julgar
E assim nos jogar aos leões
Mas podem falar
E até a inventar mil refrões

Eles vão apenas falar de nós
Mesmo sem saber porque estamos aqui
E se não ouvirem nossa voz
Nunca irão entender porque somos assim

Idealistas tradicionalistas
Escolhem seus artistas e exorcistas
Entre a vista e a revista
Programam otimistas e pessimistas

Suas conquistas são totalmente parasitas
Entorpecem a quem não mais acredita
Que toda verdade seja dita, não só escrita
Eles querem viajar e não esperar visita

Vão nos julgar
E assim nos jogar aos leões
Mas podem falar
E até a inventar mil refrões

O que não me mata
É o que fortalece minhas asas
O que não me mata
É o que fortalece minha alma

A direção que tomamos após cada queda e reerguida
É o que nos guia, mas também, o que nos caracteriza

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