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Raiares

Involuntária atração gravitacional
Enquanto o espírito anseia pelo céu, pelo ar
Apesar das razões ao operacional
No sonhar encontra-se o seu desejo de voar

Quando há uma queda brusca e tu precisa acordar
Entre o terminal e a central
Os olhos vão para várias direções no escuro do lar
Era pesadelo e agora é real

O preconceito está no olhar
E é horrível ver esse forte ódio pelos que nem te conhecem
O respeito está só no falar
Não no fazer, pregam o que em suas almas não preenchem

Vão nos julgar
E assim nos jogar aos leões
Mas podem falar
E até a inventar mil refrões

Eles vão apenas falar de nós
Mesmo sem saber porque estamos aqui
E se não ouvirem nossa voz
Nunca irão entender porque somos assim

Idealistas tradicionalistas
Escolhem seus artistas e exorcistas
Entre a vista e a revista
Programam otimistas e pessimistas

Suas conquistas são totalmente parasitas
Entorpecem a quem não mais acredita
Que toda verdade seja dita, não só escrita
Eles querem viajar e não esperar visita

Vão nos julgar
E assim nos jogar aos leões
Mas podem falar
E até a inventar mil refrões

O que não me mata
É o que fortalece minhas asas
O que não me mata
É o que fortalece minha alma

A direção que tomamos após cada queda e reerguida
É o que nos guia, mas também, o que nos caracteriza

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Verdadeira Oração

Uma paz de não estar aqui Uma meditação para chorar e sorrir Um motivo de ser e sentir O corpo cobrir, a alma vestir e partir Quando o arrepio não é calafrio Quando o escuro não é sombrio Quando o silêncio não é desafio Quando distância não é hospício Faz contato com o seu Deus...

O Verbo

Você nunca vai aprender o que acha que já sabe E olha, tem sempre algo novo para explorar Você nunca vai entender nem um terço da metade Porque é preciso investigar e se aprofundar A verdade que você conhece hoje, é apenas a sua verdade Mas tem muito mais coisas do outro lado da porta Dentro do seu mundo, nunca vai compreender a realidade Viverá no raso daquele do que não conheceu lá fora Então meu caro amigo... Consegue entender isso? Mas esse é o medo de quem te controla Não é e nunca deveria ser o seu Então saia dessas amarras, se desenrola  Para ser cético não precisa ser ateu A fé é composta e muito maior do que meros dogmas e rédeas  Aprenda com a sua caminhada e não com quem inventa regras O verbo se fez carne e habitou entre nós Cheio de graça, curou a sua cegueira Sussurrou aos poucos que ouviam sua voz E disse "vai, que essa vida é passageira"

Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!