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Raiares

Involuntária atração gravitacional
Enquanto o espírito anseia pelo céu, pelo ar
Apesar das razões ao operacional
No sonhar encontra-se o seu desejo de voar

Quando há uma queda brusca e tu precisa acordar
Entre o terminal e a central
Os olhos vão para várias direções no escuro do lar
Era pesadelo e agora é real

O preconceito está no olhar
E é horrível ver esse forte ódio pelos que nem te conhecem
O respeito está só no falar
Não no fazer, pregam o que em suas almas não preenchem

Vão nos julgar
E assim nos jogar aos leões
Mas podem falar
E até a inventar mil refrões

Eles vão apenas falar de nós
Mesmo sem saber porque estamos aqui
E se não ouvirem nossa voz
Nunca irão entender porque somos assim

Idealistas tradicionalistas
Escolhem seus artistas e exorcistas
Entre a vista e a revista
Programam otimistas e pessimistas

Suas conquistas são totalmente parasitas
Entorpecem a quem não mais acredita
Que toda verdade seja dita, não só escrita
Eles querem viajar e não esperar visita

Vão nos julgar
E assim nos jogar aos leões
Mas podem falar
E até a inventar mil refrões

O que não me mata
É o que fortalece minhas asas
O que não me mata
É o que fortalece minha alma

A direção que tomamos após cada queda e reerguida
É o que nos guia, mas também, o que nos caracteriza

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias