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Pequenos Nós

O pequeno samba no violão
Sem cavaco e muito choro
Mas de repente, uma canção
Junto aos amigos em coro

Mas ei que chega mais um vacilão
Tentando dar outra lição
Falando soberanamente de religião
Diz ser espelho de cidadão

Mas se você dá alguns conselhos
Por que é que tu não segue?
Entre suas escolhas, seus desejos
Qualquer fardo que carregue

A palavra pode até ser de prata
Mas o silencio é de ouro
E se tu continuar sendo de lata
Saia do meio desse bolo

Os seus sonhos estão aí
E à eles se entregue
Pois sementes irão cair
Ao solo que se regue

É nesse Sol que tudo rege
Ao Universo que não se mede
Um Deus que tudo se pede
Somos pequenos, somos leves

Então me leve som
Então me leve dom

Eu não critico religiões
Cristo, Buda, Jah, Iemanjá
Peço união nos corações
Mas só a sua fé te salvará

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias