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Gravidade Vertical

Essas luzes no escuro não são a esperança
São apenas efeitos de minhas escolhas
Passageiro de indecisões, papeis e plantas
De sensoe incenso que explode bolhas

O vazio torna-se sentido no brilho de feixes finos
Que desenham um pouco da poeira existente
O vácuo e a lacuna passam pela porta sem destino
É o que não mais existe, se fazendo presente

Deixo a onda levar como se fosse a oferenda
Deixo o perfume subir em melodias
Deixo o vento me abraçar de uma forma lenta
Deixo o que não é meu, em fantasias

Poesias que não escrevi
Poemas que me esqueci

Era o vagar que cambaleava
A relatividade, a gravidade em um muro sem relevo
Era uma ofensa que trovejava
A continuidade na finalidade, na vontade do sedento

Um corredor sem fim, o limbo sem apoio
Eramos nós
Toda margem, toda borda e todo contorno
Eramos sós

A parede era um apoio àqueles que já estavam caídos
E as palavras, eram ataduras vencidas aos mais feridos

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias