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Carta a um Eu mais novo

Desapegue, pois o amor te fará sofrer
E o ódio, não te deixará esquecer
Falando assim parece fácil envelhecer
É desligar um botão e amadurecer

Ou chegar a pedir a Deus para um novo amor aparecer
Sem perceber que esse primeiro amor deve ser por você

Porém desapegue, por mais duro que seja
Se for pedir algo a Deus, peça a ele forças
Lute contra a ansiedade e tenha paciência 
Ou aprenda a tê-la, cale-se e apenas ouça

Pare de olhar para frente e olhar para trás
Silencie e observe o presente que tens a sua volta
Esse foi um conselho que me trouxe paz
Mas demorou para eu entender, era muita revolta

Não pedi nada a Deus, normalmente eu só o agradeço
E como não era um momento de agradecer, eu fiquei com os meus demônios
Compus canções tristes enquanto esperava o recomeço
Me conheci melhor, ainda sofro, mas reorganizei minha gaveta de neurônios

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias