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Vai além do terceiro dia

São marés e controlamos apenas o remo
Às vezes a vela, mas nem sempre de fato o vento
A nossa força, é o que de verdade temos
Poucas são as armas, mas são muitos os ferimentos

Estamos de pé de novo, recriando forças
Conseguimos um gás de onde não parecia existir
Vamos nos renovando em hora ou outra
E percebemos que somos mais que um mero fim

Somos recomeços de recomeços
Somos árvores que resistem a cada estação
E damos frutos em renascimentos
Raízes fortes na sintaxe de toda a respiração

Quando posso observo o nascer do Sol
Todo dia é sempre monótono, mas cheio de mudanças
Uma nova chance ou um novo farol
É mais que luz no fim do túnel e é mais que esperança

É ressurgir, reviver e muitas vezes vai além do terceiro dia

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias