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Teoria da Pena

Conheço várias pessoas...
Que eu ainda não conheço
Tenho sempre em meus tropeços
Um novo arremesso

Sei que tudo tem seu preço
E também seu endereço
Onde apareço ou desapareço
Tenho o meu recomeço

Mas eu não me esqueço
Dos nomes em meu gesso
Confesso meu regresso
E ainda continuo sendo o mesmo

É complicado ter certo desapego
E ainda me sentir indefeso
No progresso ao acesso
De alguns dos seus segredos

Seu olhar pra baixo, nunca muda
Sintoniza e equaliza, mas sempre recua
Seu olhar pra baixo tem uma voz muda
Simboliza e ironiza sua solidão mútua

Não me passa Paixão
Mas sim Compaixão... Pena!

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias