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Um Cemitério na Lua

Há um Cemitério na Lua
Na Avenida da saudade
Depois da Rua das Amarguras

Há um Cemitério que flutua
Que me leva toda verdade
E não ressuscita criaturas

É um olhar penetrante no passado
Momentos em que estive ao seu lado
É um olhar para o destino abalado
Elevado em um espaço agora trancado

Selado em antigas poesias,
Sentindo falta de suas ironias,
Que faziam minhas alegrias
Sempre que emburrada, sorria

O Cemitério não é na Lua
Mas ela está na direção em que eu observo
Utópico e que não se recua
Ilógico e faz de meu olhar, o seu mero servo

A falta me é tão grande
Que me parece faltar algo
E entendo que tão distante
Eu ainda me sinta um alvo

Acertado em cheio
Na alma e no peito

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias