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Filhos da Imensidão

Algumas meditações
Não pertencem a este corpo
Assim como o vento
Não pertence a este sopro

E talvez seja por isso
Que eu sinto que não sou daqui
É fúria aos meus vícios
Observando um interior sem fim

Venerar o céu
A escuridão, a luz e a imensidão
Devorar o mel
Seu lábio, sua pele e suas mãos

Da lama, os diamantes
E da cama, os amantes

Não somos daqui, eu sinto
Somos daquilo que esperamos encontrar
Nós pertencemos ao infinito
Somos eternos piratas a caçar e procurar

Átomos em reprodução
Porém raros em evolução

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