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Trajes de Tragédias

Em um grão utópico de liberdade
Ascende-se uma chama
Mas não é um tópico da verdade
Quando sua alma sangra

Faz-se um sonho
Face escondida por trás de mentiras
Faz-se o monstro
Face maquiada de lágrimas e feridas

Nós não queremos essa dor de sofrer
Nem tão pouco chegar a desistir
E não sabemos quando vamos morrer
Mas sabemos que iremos partir

Os tristes catalisadores de nossas energias
Sem luz própria
Fazendo da claridade, uma energia sombria
Apenas a cópia

Mal feita das palavras
Manipulando fatos
Na espreita de garras
Manuseando atos

Não precisamos sujar nossas mãos
E sim purificarmos o nosso coração

Deem a Cesar aquilo que é de Cesar
Não façam o dente por dente
Deem tempo ao tempo e sem pressa
Toda colheita vem da semente

Nem a toda liberdade é de verdade
Mas só a verdade nos libertará
Nem toda caridade tem autoridade
Mas o altruísmo nos confundirá

Não precisamos calejar nossas mãos
E sim calcularmos toda a nossa fração

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias