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Entre manhãs de café forte e noites de vinho barato

Nós já nascemos perdidos
Buscando por algum sentido
E sozinhos, nos iludimos
Nos alimentando de espinhos

Preferimos as belezas, as cores e perfumes
Paramos pra ouvir os outros e não nos ouvimos
Aumentamos o volume e como de costume
Não fazemos como planejado, apenas seguimos

Quantas vezes eu já quis ir e fiquei sentado
Quantas vezes eu não estava naquele mesmo lugar
Quantas vezes observei e só fiquei parado
Quantas vezes em prantos, eu sorri ao me mascarar

Muitas vezes tenho vontade de fugir
Mas me lembro que a vida real não é só fracasso
Muitas vezes tenho vontade de sumir
Mas me lembro que sou o palhaço e não o mágico

Muitas vezes eu não consigo dizer nada
Querendo explodir palavras pendentes
Muitas vezes eu disse que não ia mudar
Mas hoje eu sou totalmente diferente

Entre manhãs de café forte e noites de vinho barato
Cá estou, tentando entender pra que tantos horários

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias