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Distopia Real

De onde a gente arruma força pra acordar tão cedo
De onde a gente arruma força depois de tantas quedas
De onde a gente arruma força pra superar os erros
De onde a gente arruma força pra conseguir sair da merda

O sonho que não mais existe a caminho da Avenida da Saudade
O jovem que segue andando sozinho na Avenida da Amizade
Deixando seu arbítrio pregado, pegando um trem pra Liberdade
Dizem que está ganhando, mas está deixando mais da metade

Se pintar qualquer coisa, qualquer bico aos seus pilares
Se sobrar só o osso e madeirite aos lares
Se sobrar assunto, sorriso, momento, filosofias de bares
Se chamar de minoria, são seus milhares

É tradição roubar a honestidade, a dignidade e a honra
Fazer fronteiras para toda ciência, toda sapiência
Transtornar, transformar tudo em uma grande gangorra
Rir na cara da sociedade, ostentando a tendência

E sempre foi assim entre o céu e o inferno
Os acomodados continuam cegos com o que é eterno
Os incomodados explodindo o que é interno
Inconformados que vestem mais cedo o maldito terno

Mas e se fosse Utopia, se vendessem Anti-decepcional na Farmácia da esquina,
Que passasse apenas o Sol pela cortina e que ser feliz se tornasse a mera rotina?

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Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!