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Distopia Real

De onde a gente arruma força pra acordar tão cedo
De onde a gente arruma força depois de tantas quedas
De onde a gente arruma força pra superar os erros
De onde a gente arruma força pra conseguir sair da merda

O sonho que não mais existe a caminho da Avenida da Saudade
O jovem que segue andando sozinho na Avenida da Amizade
Deixando seu arbítrio pregado, pegando um trem pra Liberdade
Dizem que está ganhando, mas está deixando mais da metade

Se pintar qualquer coisa, qualquer bico aos seus pilares
Se sobrar só o osso e madeirite aos lares
Se sobrar assunto, sorriso, momento, filosofias de bares
Se chamar de minoria, são seus milhares

É tradição roubar a honestidade, a dignidade e a honra
Fazer fronteiras para toda ciência, toda sapiência
Transtornar, transformar tudo em uma grande gangorra
Rir na cara da sociedade, ostentando a tendência

E sempre foi assim entre o céu e o inferno
Os acomodados continuam cegos com o que é eterno
Os incomodados explodindo o que é interno
Inconformados que vestem mais cedo o maldito terno

Mas e se fosse Utopia, se vendessem Anti-decepcional na Farmácia da esquina,
Que passasse apenas o Sol pela cortina e que ser feliz se tornasse a mera rotina?

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias