Pular para o conteúdo principal

Turbilhão

Estou novamente em busca de salvações
Pois as anteriores me levaram a novas quedas
É que talvez sejam fracas minhas orações
De tempestades fortes, onde apagam-se velas

Deixo as janelas abertas e o meu quarto fica úmido
Entra Luz com a mesma proporção que entra destruição
De forma natural como um momento de paz e ruídos
De forma atemporal como um sonho, pesadelo ou apagão

Estou novamente com a esperança abatida
Desanimado e desiludido com os muros que eu mesmo levantei
E caminho sem deixar uma carta de partida
Algumas coisas na estante e sem mais instantes, ao menos tentei

Deixo as janelas e as cortinas fechadas
Entra Luz com a mesma proporção que entra destruição
Aos poucos, poeiras e bolor em pousada
Entra realidade com a mesma proporção que entra ficção

De vórtices, não apenas se derrote
Antes que suas palavras voltem
Sem bussolas encontre o seu Norte
Antes que suas palavras cortem

Sinto que o tempo está inerte
Num espaço sem brilho onde o espelho não reflete
Vilão de meu próprio faroeste
E encarando tudo, acreditando que é tudo um teste

Um teste pra quê meu Deus, o que vem depois disso tudo?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Verdadeira Oração

Uma paz de não estar aqui Uma meditação para chorar e sorrir Um motivo de ser e sentir O corpo cobrir, a alma vestir e partir Quando o arrepio não é calafrio Quando o escuro não é sombrio Quando o silêncio não é desafio Quando distância não é hospício Faz contato com o seu Deus...

O Verbo

Você nunca vai aprender o que acha que já sabe E olha, tem sempre algo novo para explorar Você nunca vai entender nem um terço da metade Porque é preciso investigar e se aprofundar A verdade que você conhece hoje, é apenas a sua verdade Mas tem muito mais coisas do outro lado da porta Dentro do seu mundo, nunca vai compreender a realidade Viverá no raso daquele do que não conheceu lá fora Então meu caro amigo... Consegue entender isso? Mas esse é o medo de quem te controla Não é e nunca deveria ser o seu Então saia dessas amarras, se desenrola  Para ser cético não precisa ser ateu A fé é composta e muito maior do que meros dogmas e rédeas  Aprenda com a sua caminhada e não com quem inventa regras O verbo se fez carne e habitou entre nós Cheio de graça, curou a sua cegueira Sussurrou aos poucos que ouviam sua voz E disse "vai, que essa vida é passageira"

Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!