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Turbilhão

Estou novamente em busca de salvações
Pois as anteriores me levaram a novas quedas
É que talvez sejam fracas minhas orações
De tempestades fortes, onde apagam-se velas

Deixo as janelas abertas e o meu quarto fica úmido
Entra Luz com a mesma proporção que entra destruição
De forma natural como um momento de paz e ruídos
De forma atemporal como um sonho, pesadelo ou apagão

Estou novamente com a esperança abatida
Desanimado e desiludido com os muros que eu mesmo levantei
E caminho sem deixar uma carta de partida
Algumas coisas na estante e sem mais instantes, ao menos tentei

Deixo as janelas e as cortinas fechadas
Entra Luz com a mesma proporção que entra destruição
Aos poucos, poeiras e bolor em pousada
Entra realidade com a mesma proporção que entra ficção

De vórtices, não apenas se derrote
Antes que suas palavras voltem
Sem bussolas encontre o seu Norte
Antes que suas palavras cortem

Sinto que o tempo está inerte
Num espaço sem brilho onde o espelho não reflete
Vilão de meu próprio faroeste
E encarando tudo, acreditando que é tudo um teste

Um teste pra quê meu Deus, o que vem depois disso tudo?

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias

Genuíno

Às vezes você não fala do seu dia? Meses, anos ou planosl Então brinda, sorria e assim, reflita Do sagrado ao profano Seja acerto ou engano Você não precisa mais falar qual seu jeito Explicar o porquê é imperfeito  Se um dia procurou no caminho mais estreito  Hoje encontrou o conforto do peito Onde equilibra o conceito e o respeito  Se um dia foi só e hoje não é mais Se está onde sempre pediu Essa é a procura, a loucura e a paz A utopia da paixão te recaiu O sorriso então, surgiu Quem te deixa assim? É bom te ver amando com os olhinhos brilhando  Conta pra mim... Pra eu seguir andando  E sonhar também, feliz por ti e te admirando! Alegria compartilhada  Empatia real sem fazer nada Seja de um amigo  Ou um desconhecido na estrada A alegria foi compartilhada...