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Um Terceiro Inferno

De toda imagem mostrada
Ainda que escondido de baixo de suas asas
E de toda espada levantada
Sem que saiba se defender ou saiba atacar

Talvez com perseverança e certa veemência
Não percebe sua arrogância, sua deficiência

Na esperança de alguma fé falida
Fala mais do que o que te foi dito, apenas compreendido
Interpretado por quem gasta saliva
Fala à nuca de quem tem ido e a quem nunca fará sentido

Talvez com perseverança e certa veemência
Um céu aos que estão em paz ou decadência

O que vou deixar, são os passos que trilhei
Pegadas na areia que com o tempo vão se apagar
Questões que estão na missão que eu criei
Ir onde há guerra ou onde eu sinta que é o meu lar

Talvez com perseverança e certa veemência
Dois céus a quem dorme em paz, em ciência

Há lotação, não há mais lugares aos novos réus
Jogados às traças, roupas velhas e ternos
Ultimamente as almas não têm subido aos céus
Então assim, foi criado um terceiro inferno

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias