Pular para o conteúdo principal

Luthier

Reafina e desempena
Reconstrói, alinha e arruma
Troca o que não presta
Limpa os detalhe e reajusta

Reafirma o que foi belo
Embeleza o que não tinha mais valor
Desempoeira o singelo
Empodera no desflagelo do se impor

As notas em seu timbre
Os tons em seu selo
Deixa de ser o simples
Recebe o aconchego

Mais zelo ao velho
Mais belo do que o novo
Mais apelo e afeto
Mais tudo do que o todo

Mas meu tudo
Que foi renovado por um luthier
Interno, fundo
Externo o som com louvor, prazer

E é nessas horas
Que a minha poesia se renova
Dessimetria, bordas
Em curvas certas e retas tortas

Minha voz nem mais se importa
E apenas deixa a minha toada exposta
Em mil perguntas sem respostas
E uma vitória que veio de mil derrotas

A madeira de tão lustrada, parece até mais verde agora
Mas é veterana, não decrepita ou antiquada, é a Aurora

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Genuíno

Às vezes você não fala do seu dia? Meses, anos ou planosl Então brinda, sorria e assim, reflita Do sagrado ao profano Seja acerto ou engano Você não precisa mais falar qual seu jeito Explicar o porquê é imperfeito  Se um dia procurou no caminho mais estreito  Hoje encontrou o conforto do peito Onde equilibra o conceito e o respeito  Se um dia foi só e hoje não é mais Se está onde sempre pediu Essa é a procura, a loucura e a paz A utopia da paixão te recaiu O sorriso então, surgiu Quem te deixa assim? É bom te ver amando com os olhinhos brilhando  Conta pra mim... Pra eu seguir andando  E sonhar também, feliz por ti e te admirando! Alegria compartilhada  Empatia real sem fazer nada Seja de um amigo  Ou um desconhecido na estrada A alegria foi compartilhada...

Ninguém vence uma Guerra (Quando muito se perde)

De longe é tudo tão pequeno Menos a imensidão desse Universo Costumo aparentar-me sereno No conforto da escuridão, confesso Sinto-me limitado e tento me superar Talvez por fé, ou ao menos para eu tentar provar O gosto que tem os sonhos, fantasiar Talvez é pela solidão que eu tente me solidificar O peito é um apartamento A nossa mente está no ultimo andar Em um, olhamos pra dentro E o outro é quem nos faz deslumbrar Mas tudo aquilo nos maravilha Também brilha, vem e nos ofusca E aquilo que não se compartilha Não merce ser chamado de busca Já se perguntou o porque das pessoas gostarem tanto de você? Por que estão ao seu lado, ou, por que elas confiam em você? (...) Sobre nós, nós nunca estaremos preparados E por isso cada dia é um desafio, ao que vai se ocorrer Não sabemos nem o que está ao nosso lado Imagina então, o que está à um segundo de acontecer Por que tentamos tanto nos engrandecer? Não precisamos disso para viver, acontecer Nos vendem trunfo para p...