Pular para o conteúdo principal

Abstrato em degradês de Cinza

Já foi quase morte como se a gente não tivesse vivido ou nem tivesse nascido
Já foi pior, mas a gente reclama como se nunca tivesse aprendido
Já foi sofrido e muitas vezes eu estive arrependido ou imerso em puro declinio
E até o suicidio já foi nutrido no momento que me senti excluído

Mas hoje vejo que a beleza é nada mais do que míope
Tudo parece perfeito e tudo parece bem simples de longe
Sei que todo sorriso tem seu preço, tem o seu requinte
Em penalidade de alto custo a quem resiste ou se esconde

Nós tememos a morte e até a sorte que temos
E por isso nós sofremos, por isso nós nos arrependemos
Mas é só com o tempo que vamos aprendendo
Que é sempre mais de mesmo, é sempre um dia a menos

É saber dar valor
É fazer, dar sabor
É caber no favor
É trazer, ser calor

É só observar a nossa volta para perceber que a realidade é cruel
Que tem gente que está mais na merda do que você ou eu
Não consigo acreditar na tal Palavra, eu nem sei se existe um céu
Não consigo entender as controvérsias de um mesmo Deus

Mas me cubro de algumas tentativas espirituais
Mergulho em experiências, esperimentos no ensaios do cantar
Mas eu recuo e me impulsiono aos novos rituais
Não me recuso a ouvir, a sentir, a falar, explodir e me espalhar

No final do dia é tudo cinza e eu
E eu apenas espalho toda a tinta...

E eu!

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Verdadeira Oração

Uma paz de não estar aqui Uma meditação para chorar e sorrir Um motivo de ser e sentir O corpo cobrir, a alma vestir e partir Quando o arrepio não é calafrio Quando o escuro não é sombrio Quando o silêncio não é desafio Quando distância não é hospício Faz contato com o seu Deus...

O Verbo

Você nunca vai aprender o que acha que já sabe E olha, tem sempre algo novo para explorar Você nunca vai entender nem um terço da metade Porque é preciso investigar e se aprofundar A verdade que você conhece hoje, é apenas a sua verdade Mas tem muito mais coisas do outro lado da porta Dentro do seu mundo, nunca vai compreender a realidade Viverá no raso daquele do que não conheceu lá fora Então meu caro amigo... Consegue entender isso? Mas esse é o medo de quem te controla Não é e nunca deveria ser o seu Então saia dessas amarras, se desenrola  Para ser cético não precisa ser ateu A fé é composta e muito maior do que meros dogmas e rédeas  Aprenda com a sua caminhada e não com quem inventa regras O verbo se fez carne e habitou entre nós Cheio de graça, curou a sua cegueira Sussurrou aos poucos que ouviam sua voz E disse "vai, que essa vida é passageira"

Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!