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Comum

Sem palavras pra expressar o que é
Sem ter travesseiros para gritar
Sem espadas para impor a minha fé
Sem escadas, sem chão, sem ar

Tudo parece tão pequeno
Tudo parece tão imenso aqui dentro
Tudo aparece, quero silencio
Tudo aparece, quero sumir no sereno

E queria estar sereno na verdade
Mas o ódio de tudo me invade
E até preferia quando era saudade
Mas é tudo, o cinza da cidade

Eu gosto da noite e das luzes distantes
Estrelas no chão que vão se apagando aos poucos
E eu gosto de me sentir mero figurante
Das histórias que eu crio e de o todo papo de louco

Mas com o tempo eu fui parando de criar
E algo foi se perdendo em meus sonhos
Então me perdi no que deixei de me tornar
E mesmo assim eu continuo compondo

Talvez são músicas que se perderam com o tempo
Sem melodias, apenas as cicatrizes e os remendos

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O Verbo

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Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!