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Quadro clínico, parto cíclico

Tem uma hora que a gente cansa de levantar bandeira branca
Tem momentos em que paramos para analisar atitudes fúteis
Tem dias em que as energias são sugadas e a mente se tranca
Tem noites que você sente que seu estomago levou um chute

Pesadelos intensos em uma escuridão passada em claro
Dos que tentam sonhar acordados durante toda a tarde
Já fracos, a anemia de quem costuma despertar cansado
De onde vem força ao doce amargo de quem não sabe

Quando a mente está frágil às vozes internas
Imagina então o quão fraca ela pode estar para as externas
Somos responsáveis e precisamos ser lanternas
A luz no fim do túnel ou o caminho que liberta da caverna

Só que somos tanto fonte de luz quanto de escuridão
Somos uma espécie de trilha sonora
Somos frutos de pensamentos em silencio ou canção
Somos o ontem, refletidos no agora

E de certa forma incertos, insetos parasitas de afeto
E de mera reforma, repletos de méritos e deméritos

Temos que nos preocupar com o que dizemos aos outros
Pois podemos empurrá-los direto ao fundo do poço
E temos que nos preocupar com o que somos aos outros
Pois é fácil ir de herói à monstro, de anjo à demônio

E eu vim pela arte, eu sei que vim
Mas não gosto de recriar destruições, amarguras ou paisagens tortas
Sei que faz parte toda forma, o fim
Mas o cinza não é algo que quero carregar no peito e nem nas costas

Vejo pessoas querendo viver no passado e outras no futuro
Algumas em contos de fadas e outras bem longe, no meio de floresta ou das flores
Vejo pessoas com seus sonhos e medos, corajosos, inseguros
Eu olho pro céu, agradeço à Deus por viver ao mesmo tempo que os meus amores

Familiares e amigos
Dos novos e antigos

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