Pular para o conteúdo principal

Harakiri

Os pastores levam o seu rebanho a um caminho
As estradas da sobrevivência
Usam sua pele e carne escondendo o extermínio
Estão em paz na negligência

Um preconceito fantasiado de patriotismo
Um egoísmo transposto no mecanismo
E o idealismo catequizado num ceticismo
Na impiedade tratada com romantismo

Se penso, logo existo
Mas repenso e logo resisto
Silenciam os aflitos
Querem nos vencer no grito

Só que vencer quem não luta é fácil
Pois é difícil quando queremos focar em outra guerra
E colocam uma luta interna no palácio
Portanto nós não vemos o fim e então nada se encerra

O passado assassino não apenas volta à realidade
Cai a máscara que mostra a sua face da maldade
Sempre foi assim, mas agora se torna celebridade
O rei do caos é um mero demônio da banalidade

Estamos cometendo o suicídio involuntário
Um Harakiri pelos nossos pecados
Tentando nos reerguer enquanto devastados
E no silencio da Terra somos levados

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias