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Naquela praça vazia que vinha o parquinho

É triste ver o tanto de coisa que nos ligam
E de repente, só uma nos desconecta
Os laços desamarrados que não conflitam
O adeus com gosto de ânsia no nectar 

A abelha operária trouxe o aroma de flores mortas
Na vela que eu ascendo, mas queria ascender com você
Nós não pudemos ver quando se fecharam as portas
E eu não pude me despedir, pude apenas me arrepender

Quase um irmão mais novo e distante
Que morava na distancia de um mero horizonte
Nos víamos pouco, mas era constante
E sempre parecia que tínhamos nos visto ontem

Sinto falta das conversas longas que eu queria ter
Papo pro ar, falar de músicas, de filmes, de nostalgias e HQs
Sinto falta daquelas piadas que me faziam enfurecer
Então, leva um pedaço da minha alma para não me esquecer

Pois são as águas de março me dando um soco no rim 
Já é quase dezembro e essa tristeza parece não ter fim

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias