Pular para o conteúdo principal

Naquela praça vazia que vinha o parquinho

É triste ver o tanto de coisa que nos ligam
E de repente, só uma nos desconecta
Os laços desamarrados que não conflitam
O adeus com gosto de ânsia no nectar 

A abelha operária trouxe o aroma de flores mortas
Na vela que eu ascendo, mas queria ascender com você
Nós não pudemos ver quando se fecharam as portas
E eu não pude me despedir, pude apenas me arrepender

Quase um irmão mais novo e distante
Que morava na distancia de um mero horizonte
Nos víamos pouco, mas era constante
E sempre parecia que tínhamos nos visto ontem

Sinto falta das conversas longas que eu queria ter
Papo pro ar, falar de músicas, de filmes, de nostalgias e HQs
Sinto falta daquelas piadas que me faziam enfurecer
Então, leva um pedaço da minha alma para não me esquecer

Pois são as águas de março me dando um soco no rim 
Já é quase dezembro e essa tristeza parece não ter fim

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Verdadeira Oração

Uma paz de não estar aqui Uma meditação para chorar e sorrir Um motivo de ser e sentir O corpo cobrir, a alma vestir e partir Quando o arrepio não é calafrio Quando o escuro não é sombrio Quando o silêncio não é desafio Quando distância não é hospício Faz contato com o seu Deus...

O Verbo

Você nunca vai aprender o que acha que já sabe E olha, tem sempre algo novo para explorar Você nunca vai entender nem um terço da metade Porque é preciso investigar e se aprofundar A verdade que você conhece hoje, é apenas a sua verdade Mas tem muito mais coisas do outro lado da porta Dentro do seu mundo, nunca vai compreender a realidade Viverá no raso daquele do que não conheceu lá fora Então meu caro amigo... Consegue entender isso? Mas esse é o medo de quem te controla Não é e nunca deveria ser o seu Então saia dessas amarras, se desenrola  Para ser cético não precisa ser ateu A fé é composta e muito maior do que meros dogmas e rédeas  Aprenda com a sua caminhada e não com quem inventa regras O verbo se fez carne e habitou entre nós Cheio de graça, curou a sua cegueira Sussurrou aos poucos que ouviam sua voz E disse "vai, que essa vida é passageira"

Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!