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Dissimulação enraizada

O que o medo de ser você te impediu de fazer
De amar, sonhar, falar ou expressar sentimentos?
Quem escreveu o que é certo, te impediu de ser
Ao regrar, sedimentar e minimizar os sofrimentos
 
Não consigo acreditar na crença que discrimina e afeta
Não consigo acreditar num Deus da bondade tão maldoso 
Não consigo acreditar numa única verdade que liberta
Não consigo acreditar nesse Cristo armado até o pescoço

Falam que é paganismo tudo aquilo que não é cristão
Como se fossem os únicos certos, são prepotentes em imposição
Crucificam em nome do crucificado, ainda há inquisição
Fanatizados que idolatram homens do povo, que falam pela nação

Quantas baixas nós tivemos com a Palavra de Deus sendo usada como arma?
Quantas pessoas você matou ao destilar seu preconceito sem sentir o karma?

Nós estamos aqui para mostrar que não há só um tipo de amor
Que não há padrão e que não deve haver distinção de cor
Esse presente que escancara o ódio à plebe, vou sempre me opor
Cristo andava entre a ralé e não banhado em prata e ouro

Não estou pedindo para largarem tudo e serem pobres
Mas cristãos, vocês estão seguindo os passos de quem?
Não estou pedindo para largarem tudo e serem pobres
Sejam humildes, ajudem quando der e não sejam reféns...

Dessa meritocracia hipócrita, dessa dissimulação enraizada!

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias