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Castelos

É preciso de um momento sozinho para poder pensar
É preciso de um momento com amigos para se realizar

Somos a estrela cadente no forte pedido de alguma procura
Somos o próximo prisioneiro a ser punido sem possuir ternura
Somos a falsa loucura abraçada na pintura de uma aventura
Somos parte de uma cultura que cultua sua bravura em tortura

Somos a possibilidade de liberdade em sua devasta flexibilidade
Somos a superioridade entre a sensibilidade e a personalidade
Somos a saudade que invade com tamanha alarde sua mentalidade
Somos a originalidade na qualidade da vontade, da capacidade

Que na vaidade encontramos nossa individualidade em lealdade
Sem maldade, mas uma necessidade de estar  longe dessa cidade

Que sejam eternos e perpetuem, assim eu suponho
Que não sejam fantasias de um mundo medonho
Que seja de verdade o seu belo castelo dos sonhos
E que reapareçam os seus fantasmas e demônios

É preciso de um momento sozinho para vir a se arruinar
E é preciso de um momento com amigos para se levantar

E depois disso, me diz nunca mais terá vontade de estar isolado
Solitário com passos otários e o sistema um tanto abalado
Sentidos apurados para continuar a ser o mesmo verme pregado
Empregado do cerrado e muito surrado se sentindo culpado

E nunca mais sentirá frio? Mentira...
Nosso Inverno Astral nunca se retira

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias