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Às Dez, Soares

Perto da morte
O homem trabalha para dizer que viveu até o fim
É tanta batalha
Para um dia ele não ter foças e não conseguir sair

Um semblante trágico do comediante
Contemplando o horizonte
A plenitude de sua liberdade tediante
Completando um Origami

O pássaro não voa
O sapo apenas parece que pula
Um barco sem proa
No seu amassado que se anula

Mais um livro que não saiu do rascunho
Em mais uma semana, em vão ao punho

Apesar de um dia cheio, sente o vazio
Algo sobre o bem e o mal
Ele se questiona estar doente ou sadio
Algo entre o inicio e o final

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