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Marvin

Podemos cuspir, latir
Chorar, sorrir
Nos machucar ou ferir

Podemos levantar, reagir
Sufocar, sucumbir
Dizer o não ou dizer sim

Ressuscitar todos os dias
Ressurgir em meio a agonia
Recitar belas poesias com ironia

Sacralizar pódios
Sacramentar ódios
Ou saciar o próprio ócio

Somos o repudio que temos
Pelos outros em nós mesmos
Somos o que não dizemos em nossos pensamentos

Mas perder um pedaço de nós no outro
É o que nos faz ser menos ogro
Extravasando sentimentos tão tolos

Que o óbvio seria o silencio
Mas gritamos para os ecos, para os ventos
E socamos as paredes de nossos segredos

A morte levou parentes e amigos
Em momentos que não eram de fato, de perigo
Um castigo mendigo e eu disse e digo - Consigo

Mas perdi o artigo
E são tantos argumentos antigos
Que ainda sigo revisando joios e trigos

Mudei alguns pensamentos ateus
Não quero ser melhor que os outros ou Deus
Quero apenas ser melhor que... Eu

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias