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Verde, Seiva

Triste é a flor que não desabrocha
Sem manar, emanar ou brotar
Somos as águas do rio nas rochas
Esculpimos ao moldar, rachar

Reestruturamos todas essas pontes naturais
O que parece destruição, é um quadro inacabado
Não temos pressa aos que parecem surreais
E recriamos em alicerces do que já foi sepultado

A vida é uma sequencia e o mundo gira
O que fica em inércia ou intacto, não segue essas linhas
É quadrado e não se movimenta em ira
Busco novos mantras em mensagem sonora que inspira

E tenho como religião tudo o que é Novo
Original e estranho, mas não um estorvo

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias