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Primeiro Contexto

Não entendemos um suicida
Até acordarmos de uma tentativa
Sem alternativa, de tirar a vida

Essa enxaqueca é colica mental
Na cólera de uma ressaca moral
Sorrindo, como se fosse normal

Ao aprender com amor, ódio e ensaio
A tentativa e o erro, os laços do cadarço
Toda luz e escuridão dentro do acaso

Geralmente eu viajo pela paisagem
Não pela chegada, nem pela estalagem
Pela cidade distante, o cenário e a miragem

Um horizonte em amplitude é perfeito
Desfoca detalhes e esconde os defeitos
Desloca o estreito e ilumina os efeitos

As luzes de longe são tão bonitas
E é por isso que eu prefiro essa vista
Não só a distância, pela pintura do artista

Logo tem mais fogos de final de ano
Logo chega o que tanto está esperando
Logo se vai o que tanto esteve guardando

Nada fica, nem o seu aprendizado
Tudo pode ser esquecido e apagado
Meras cinzas que o tempo tem levado

Mas nosso instinto é ter fé e veemência
Talvez seja isso aquilo que nos fortaleça
A clareza entre o livre arbítrio e a sentença

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias