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Primeiro Contexto

Não entendemos um suicida
Até acordarmos de uma tentativa
Sem alternativa, de tirar a vida

Essa enxaqueca é colica mental
Na cólera de uma ressaca moral
Sorrindo, como se fosse normal

Ao aprender com amor, ódio e ensaio
A tentativa e o erro, os laços do cadarço
Toda luz e escuridão dentro do acaso

Geralmente eu viajo pela paisagem
Não pela chegada, nem pela estalagem
Pela cidade distante, o cenário e a miragem

Um horizonte em amplitude é perfeito
Desfoca detalhes e esconde os defeitos
Desloca o estreito e ilumina os efeitos

As luzes de longe são tão bonitas
E é por isso que eu prefiro essa vista
Não só a distância, pela pintura do artista

Logo tem mais fogos de final de ano
Logo chega o que tanto está esperando
Logo se vai o que tanto esteve guardando

Nada fica, nem o seu aprendizado
Tudo pode ser esquecido e apagado
Meras cinzas que o tempo tem levado

Mas nosso instinto é ter fé e veemência
Talvez seja isso aquilo que nos fortaleça
A clareza entre o livre arbítrio e a sentença

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O Verbo

Você nunca vai aprender o que acha que já sabe E olha, tem sempre algo novo para explorar Você nunca vai entender nem um terço da metade Porque é preciso investigar e se aprofundar A verdade que você conhece hoje, é apenas a sua verdade Mas tem muito mais coisas do outro lado da porta Dentro do seu mundo, nunca vai compreender a realidade Viverá no raso daquele do que não conheceu lá fora Então meu caro amigo... Consegue entender isso? Mas esse é o medo de quem te controla Não é e nunca deveria ser o seu Então saia dessas amarras, se desenrola  Para ser cético não precisa ser ateu A fé é composta e muito maior do que meros dogmas e rédeas  Aprenda com a sua caminhada e não com quem inventa regras O verbo se fez carne e habitou entre nós Cheio de graça, curou a sua cegueira Sussurrou aos poucos que ouviam sua voz E disse "vai, que essa vida é passageira"

Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!