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Romance

A surpresa vem junto dessa calmaria
Ouço sussurros em meio aos gritos
Bonança e serenidade para infantaria
Impávidos esperando como um rito

A carta de adeus será entregue
Esperando medalhas e bandeiras em porta trancada
O herói que não mais se ergue
Dia bonito, sem chuva, em coro proclama a armada

E na lápide diz; Aqui jaz um mártir de seu país
E às vezes achamos loucura os que se matam pela religião
Mas quem sou eu para julgar quem morre feliz?
Se muitas vezes não vivemos assim, mas sim em depressão

Tentamos ser desapegados, mas não é fácil a lição
Queremos algo que seja mais do que simples adição
Que seja o milagre da multiplicação, numa divisão
Repartimos para sermos ou termos mais em reflexão

E aí temos canções, filmes, livros e novelas
Que nos emocionam e nos fazem rir com a tela
Acaba a força e como é viver com as velas?
Às vezes nos esquecemos que a vida é tão bela

Eu nunca estive em uma dessas realidades que me foram trazidas
Mas verdadeiramente me emociono como se eu as tivesse vividas

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias