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Espertino cansaço, vespertino embaraço

Aos poucos vamos dando adeus a nossa essência
Vamos deixando de lado a inocência
Onde a convivência com o Universo traz carência
No que adquirimos com a experiência

Seres de ansiedade e pouca paciência
Um convívio distante, mas tão próximo em abstinência
Que para viver precisam de resistência
E para acreditar não precisam comprovação ou ciência

Criam o bom e o mau com veemência
E tratam como tratariam anjos e demônios em demência
Se abastecem de repúdios e preferências
Isso com a mera aparência, raramente com a convivência

Reles mortais em decadência
Não percebem o tempo se esgotando em obediência
E todo adeus não teve suficiência
O seu Deus não perdoará sua petulância e insolência

Os trovões de uma chuva em providência
Alagam as ruas em lágrimas cheias de consistência
Mas a Terra se acalma em breve sonolência
Nada do que você fez valeu a pena ter tal excelência

Acorde desse seu pesadelo de frequências
Ou descanse como reverência
E apesar da insônia, prove a sua sapiência
Mas só aprove sua consciência

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias