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Semideuses

Quando agradecer por mais um dia ou por estar vivo?
O eu contra si mesmo é sua derrota em definitivo
Onde está o lado positivo de um pensamento negativo?
Seu sonho contra os pés no chão ao que é relativo

Não faz sentido, eu não quero ser responsável por aquilo que cativo
Sei que para ambos ser objetivo é ser opressivo e às vezes somos isso
Tento ser compreensivo entre o que é substantivo e o que é subjetivo
E tento decodificar, pois nós somos sucessivos e raramente sensitivos

Na evolução dos ciclos que são repetidos
A dor é multiplicada em gritos reprimidos
No quarto interno de espelhos reflexivos
Os nossos quadros que não são revertidos

São raros momentos de felicidade ou os dias divertidos
São raros os que se encontram, são muitos os perdidos

No peso de uma mensagem leve, que leva o destemido
Traz a calma em um tom aparentemente agressivo, mas inofensivo
Todos os erros são corrigidos e todo perdão concebido
Em uma oração, a sua energia que é liberada de modo compassivo

Me faço decidido e me disfarço dividido
Me traço polido, me desamarro e busco estar instituído
Me laço de instintos e despedaço o extinto
Me abraço em definitivo e me entrego ao vulgo Destino

E na evolução desses ciclos nós somos a Fênix, renascidos
Entre os metafóricos e os literais, o discurso em labirinto
E se subimos os muros, estamos fardados ao desequilíbrio
Entre retóricos e gestuais, esquecemos que somos finitos

Aqueles calcanhares a cada Aquiles, aquela cruz a cada Cristo
Aqui num Sol a cada Apolo, vê mais um vinho a cada Dionísio...

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias