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Simples aconchego

Era tão simples andar
Era tão simples sorrir
Era tão simples lutar
Era tão simples seguir

Em meio a tanta simplicidade
Eu encontrei a turbulência
Chuvas, cortes, dificuldades
E a mais forte seca

Em meio a tanta intensidade
Eu procurei minha resistência
Ao longe, as luzes da cidade
Num quadro sem estrelas

Em meio a tanta felicidade
Eu resetei minha carência
Somei defeitos e qualidades
Perdi a paciência

E em meio a tanto nada
Era tão simples tudo
Em meio a tantas palavras
Eu me fiz de surdo

E quanto mais o tempo passa, eu acolho a certeza
E quanto mais a carne falha, eu hospedo a profundeza
E quanto mais o ar me falta, fica claro a correnteza
Enquanto a melancolia cala, eu superestimo toda frieza

(...)
Eu sou a simples saída de quem não quer mais estar aqui
De quem não quer mais sofrer, não quer mais sentir (...)

Não quer mais sentir!

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O Verbo

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Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!