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Os olhos abertos não dizem nada

Observei que estamos sempre a um passo de dar dois

E assim nós seguimos a diante

Estamos caminhando no ritmo do agora, não do depois

Ou de algum passado distante


Observei que estamos, mas que muitas vezes nem sabemos

Observei que enxergamos, mas que muitas vezes não vemos


Seria bom se todos nós enxergássemos a nossa ignorância  

Que não temos ou somos os donos das verdades

Seria bom se entendêssemos nossa essência e fragrâncias

Não somos apenas frutos, mas raízes que invadem


A cabeça nem sempre está aqui, ela vaga entre sonhos e pesadelos

Observei que enxergamos, mas que às vezes não é possível vê-los

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias