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Trinta e Três

Mais um ciclo se encerra e com ele vem todas as lembranças
O que aconteceu e o que poderia acontecido ficam como uma lição
E assim, mais um ciclo se inicia e com ele vem as esperanças
O que posso fazer, o que quero fazer em meio a minha ressurreição

Renasço todos os dias em que acordo
Me abraço aos momentos que me recordo
Avisto terras, mas eu continuo abordo 
Me entrelaço, observo e assim me aborto

Ah... Os sete mares, lindos, belos, mas imaginados e vistos de um livro
Viajei minhas terras, mas não o mundo em crises existenciais 
Ah... Os sete males, escritos em papeis amassados, mas não esquecidos
Viajei minha mente, recordei minhas invenções persistênciais

A liberdade poética é o que me faz andar de novo
Abrir os braços e preso a esse mundo, é o que faz eu me sentir solto
A realidade, a dialética, na criação, um breve sopro
Abrir os olhos com olhos fechados entre utopias, distopias e pontos

Meu ponto cego, a imaginação desenfreada de uma criança adulta
Com o olhar de gente culta, mas que se oculta no que isso resulta

Vários universos no mesmo olhar
Vários personagens dentro do mesmo sorriso
Vários trajetos num mesmo andar
Várias viagens e paisagens em um só suspiro

De braços abertos eu aceito o novo ciclo
Morro e ressuscito, me distraio e reflito... 33

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Verdadeira Oração

Uma paz de não estar aqui Uma meditação para chorar e sorrir Um motivo de ser e sentir O corpo cobrir, a alma vestir e partir Quando o arrepio não é calafrio Quando o escuro não é sombrio Quando o silêncio não é desafio Quando distância não é hospício Faz contato com o seu Deus...

O Verbo

Você nunca vai aprender o que acha que já sabe E olha, tem sempre algo novo para explorar Você nunca vai entender nem um terço da metade Porque é preciso investigar e se aprofundar A verdade que você conhece hoje, é apenas a sua verdade Mas tem muito mais coisas do outro lado da porta Dentro do seu mundo, nunca vai compreender a realidade Viverá no raso daquele do que não conheceu lá fora Então meu caro amigo... Consegue entender isso? Mas esse é o medo de quem te controla Não é e nunca deveria ser o seu Então saia dessas amarras, se desenrola  Para ser cético não precisa ser ateu A fé é composta e muito maior do que meros dogmas e rédeas  Aprenda com a sua caminhada e não com quem inventa regras O verbo se fez carne e habitou entre nós Cheio de graça, curou a sua cegueira Sussurrou aos poucos que ouviam sua voz E disse "vai, que essa vida é passageira"

Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!