Mais um ciclo se encerra e com ele vem todas as lembranças
O que aconteceu e o que poderia acontecido ficam como uma lição
E assim, mais um ciclo se inicia e com ele vem as esperanças
O que posso fazer, o que quero fazer em meio a minha ressurreição
Renasço todos os dias em que acordo
Me abraço aos momentos que me recordo
Avisto terras, mas eu continuo abordo
Me entrelaço, observo e assim me aborto
Ah... Os sete mares, lindos, belos, mas imaginados e vistos de um livro
Viajei minhas terras, mas não o mundo em crises existenciais
Ah... Os sete males, escritos em papeis amassados, mas não esquecidos
Viajei minha mente, recordei minhas invenções persistênciais
A liberdade poética é o que me faz andar de novo
Abrir os braços e preso a esse mundo, é o que faz eu me sentir solto
A realidade, a dialética, na criação, um breve sopro
Abrir os olhos com olhos fechados entre utopias, distopias e pontos
Meu ponto cego, a imaginação desenfreada de uma criança adulta
Com o olhar de gente culta, mas que se oculta no que isso resulta
Vários universos no mesmo olhar
Vários personagens dentro do mesmo sorriso
Vários trajetos num mesmo andar
Várias viagens e paisagens em um só suspiro
De braços abertos eu aceito o novo ciclo
Morro e ressuscito, me distraio e reflito... 33
Uma paz de não estar aqui Uma meditação para chorar e sorrir Um motivo de ser e sentir O corpo cobrir, a alma vestir e partir Quando o arrepio não é calafrio Quando o escuro não é sombrio Quando o silêncio não é desafio Quando distância não é hospício Faz contato com o seu Deus...
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