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Trinta e Três

Mais um ciclo se encerra e com ele vem todas as lembranças
O que aconteceu e o que poderia acontecido ficam como uma lição
E assim, mais um ciclo se inicia e com ele vem as esperanças
O que posso fazer, o que quero fazer em meio a minha ressurreição

Renasço todos os dias em que acordo
Me abraço aos momentos que me recordo
Avisto terras, mas eu continuo abordo 
Me entrelaço, observo e assim me aborto

Ah... Os sete mares, lindos, belos, mas imaginados e vistos de um livro
Viajei minhas terras, mas não o mundo em crises existenciais 
Ah... Os sete males, escritos em papeis amassados, mas não esquecidos
Viajei minha mente, recordei minhas invenções persistênciais

A liberdade poética é o que me faz andar de novo
Abrir os braços e preso a esse mundo, é o que faz eu me sentir solto
A realidade, a dialética, na criação, um breve sopro
Abrir os olhos com olhos fechados entre utopias, distopias e pontos

Meu ponto cego, a imaginação desenfreada de uma criança adulta
Com o olhar de gente culta, mas que se oculta no que isso resulta

Vários universos no mesmo olhar
Vários personagens dentro do mesmo sorriso
Vários trajetos num mesmo andar
Várias viagens e paisagens em um só suspiro

De braços abertos eu aceito o novo ciclo
Morro e ressuscito, me distraio e reflito... 33

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias