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A última estação

Todo o sorriso da vitória e a fervorosa empolgação não estão na medalha
Não estão em um champanhe espalhado por todo o canto 
Estão nas lembranças de quem se fez muralha e um guerreiro pra batalha
E vai além do grito de quem torceu junto, está no pranto

Nas vezes em que se ajoelhou e se questionou mil vezes se era capaz
Nas vezes em que se levantou e caminhou contra as expectativas
Nas vezes em que se enfureceu, se machucou enquanto pedia por paz
Nas vezes em que se acalmou, respirou e percebeu estar a deriva

Pois no horizonte ainda tinha uma visão contemplativa que talvez fosse uma utopia
Dentro de uma meritocracia aristocrática aos donos da verdade
E ao perceber que a visão era apenas isso mesmo, um quadro escondendo a distopia 
Desistiu de ser mais um dos donos da razão e sumiu da cidade

Até hoje ninguém sabe onde aquele vencedor está
Deixou reflexões, frases bonitas e não disse se um dia iria voltar
Até hoje ninguém sabe onde aquele sonhador está
Deixou aprendizados e alunos que hoje são professores a ensinar

A vida é só um rito de passagem, contos de fadas ou selvagens...

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Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!