Quantas vezes eu já sofri em dias lindos
E quantas vezes já sorri em um dia cinza e frio?
Quando foi que eu deixei tudo sombrio
E era mais fácil acreditar que eu fosse o vazio?
Foram noites em claros e tardes cansativas
A insônia vinda em fantasmas de lembranças vivas
Os sonhos se tornaram pesadelos e eu fugia
As forças se tornaram medo e eu não me reconhecia
Quantas vezes já passei por tudo isso e eu ainda estou de pé?
Quantas vezes falaram para eu seguir um outro caminho?
Quantas vezes depreciaram e colocaram em dúvida minha fé?
Quantas vezes eu me agarrei em rosas cheias de espinhos?
Foram noites em claros e tardes cansativas
Mas eu me reergui, superei e superarei outras tentativas
Os sonhos não são mais pesadelos hoje em dia
As forças se tornaram enredo e o passado mera nostalgia
Eu era apenas o caos antes de procurar me encontrar...
Sou a mata em meio a selva Sou resistência, sou relva Renasço em meio a queda Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza Sou parte dos deuses e da realeza A mistura da felicidade e da tristeza Canto e recanto em silêncio Escuto os meus pensamentos Vozes que vêm do alento Preces de força, do firmamento Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço Na labuta diária, o agradecimento Na oferta e no sentimento A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias
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