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Desbossa

Quantas vezes eu já sofri em dias lindos
E quantas vezes já sorri em um dia cinza e frio?
Quando foi que eu deixei tudo sombrio
E era mais fácil acreditar que eu fosse o vazio?

Foram noites em claros e tardes cansativas
A insônia vinda em fantasmas de lembranças vivas
Os sonhos se tornaram pesadelos e eu fugia
As forças se tornaram medo e eu não me reconhecia

Quantas vezes já passei por tudo isso e eu ainda estou de pé?
Quantas vezes falaram para eu seguir um outro caminho?
Quantas vezes depreciaram e colocaram em dúvida minha fé?
Quantas vezes eu me agarrei em rosas cheias de espinhos?

Foram noites em claros e tardes cansativas
Mas eu me reergui, superei e superarei outras tentativas
Os sonhos não são mais pesadelos hoje em dia
As forças se tornaram enredo e o passado mera nostalgia

Eu era apenas o caos antes de procurar me encontrar...

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias