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Os Monstros e seus Chacras

Você planta sementes para que elas cresçam, floresçam e deem frutos
Mas olha, em terra infértil nada irá crescer em absoluto
Consequentemente nada prosperará ou se desenvolverá em atributos

Você sabe que não precisa gastar as sementes com os brutos
Mas não desperdice a terra infértil, pois é um pasto vasto para vultos
Ela pode servir para outras coisas e em desapego, até para o luto

Às vezes parece que os dias não têm mais vida
É uma imensa falta da troca de energia
Estamos nos distanciando enquanto o tempo se esfria 

Os olhares vagueiam pelo ar sem fantasia
Não há mais horizontes, é tudo distopia
Nada faz com que nos sintamos vivos, não tem harmonia 

Os nomes se tornaram números, não os da numerologia 
Sem fé, pois os que deviam falar de amor pregam a teimosia
E a palavra que a paz encontraria, agora é o ódio que a contraria

Homens do deus da guerra catalisando o caos em afasia
Distorcem com sabedoria aquilo que deveria ser a teologia
E a esperança vai se acabando a cada nova notícia

O pior, é que a gente espera a tempestade passar
Fazemos preces e esperamos o milagre chegar
Mas os milagres não chegam enquanto você se sentar

Buscamos por melhoria e para evoluir é preciso sair da zona de conforto
Buscamos por riquezas e sem dar o devido valor, pedimos um desconto
Buscamos por evolução, mas precisamos desapegar de alguns pontos 

Todos nós fomos tóxicos um dia e já chegamos a magoar o outro
Entender isso não não é se apequenar, mas aceitar-se monstro
E assim aprender a perdoar quem nos feriu em um imenso, mas interno confronto

O "Ame ao próximo como a si mesmo" vai se tornando cada dia mais difícil
Porém necessário para que a nossa alma não caia em um precipício
E antes que esse tal Amor se torne fictício ou um desperdiço...

Façamos o exercício: 
Perdoe a pessoa que mais te machucou nesse mundo
Esse é o sacrifício!

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias