Pular para o conteúdo principal

Assim, Assimétricos

Sorriso de olhos nos olhos
E eu esperando o seu respirar próximo ao meu rosto
Ofegar, exalar se refolegar
Almejando seu repouso, seu descanso em meu corpo

O que foi imposto, nós nem demos ouvidos
Pecamos, nos abraçamos, sonhamos e sorrimos

As curvas pra quem me curvo
E curo, me cura
Mudas, trepadeiras e eu turvo
Torturo, loucura

Não é a aquela velha farmácia de falácias
São as graças, não raça, são nossas audácias

Nós procuramos tanto pela perfeição
Que esquecemos que um dia tivemos um coração
O Homem de Lata torna-se crianção
Faz a oração, pede a benção e divide sua refeição

Estou de joelhos ao meu Universo interior
Onde sempre venho me abraçar, me recompor

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias