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Cidadão Estatística

Filhos do vício
Entregues ao precipício
Desde o início
Gira, pira, então, um tiro

Já viu como são as favelas de uma novela?
No mundo real, várias mães ascendem velas

Dizem que foi de bala perdida
Mas foi certeira, na direção de quem já não tinha saída
Um rapaz de vida tão sofrida
De um sistema farmacêutico que não cicatriza sua ferida

Te faz parar e apenas ameniza
Te faz viajar em uma falsa brisa

Há farmácia em todo lugar
Basta apenas escolher com o que desejará se dopar
Pode entrar em qualquer lar
Só cabe a você o querer, o poder ou o se preocupar

A história é verídica
Mais um cidadão estatística
De físicas e químicas
Pena de morte sem jurídica

Não foi, nem fez parte de suas notícias populares
Mas foi mais um, dos muitos de todos os lugares

Refém de uma tática
A paz que não é colocada em prática
Refém da matemática
Mais um número da subtração apática

Cidadão estatística
Criado pela ausência política
E uma falsa polícia
Que não aceita duras críticas

Nosso comum acordo é acordar cedo
E ainda assim sermos vítimas do medo

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Verdadeira Oração

Uma paz de não estar aqui Uma meditação para chorar e sorrir Um motivo de ser e sentir O corpo cobrir, a alma vestir e partir Quando o arrepio não é calafrio Quando o escuro não é sombrio Quando o silêncio não é desafio Quando distância não é hospício Faz contato com o seu Deus...

O Verbo

Você nunca vai aprender o que acha que já sabe E olha, tem sempre algo novo para explorar Você nunca vai entender nem um terço da metade Porque é preciso investigar e se aprofundar A verdade que você conhece hoje, é apenas a sua verdade Mas tem muito mais coisas do outro lado da porta Dentro do seu mundo, nunca vai compreender a realidade Viverá no raso daquele do que não conheceu lá fora Então meu caro amigo... Consegue entender isso? Mas esse é o medo de quem te controla Não é e nunca deveria ser o seu Então saia dessas amarras, se desenrola  Para ser cético não precisa ser ateu A fé é composta e muito maior do que meros dogmas e rédeas  Aprenda com a sua caminhada e não com quem inventa regras O verbo se fez carne e habitou entre nós Cheio de graça, curou a sua cegueira Sussurrou aos poucos que ouviam sua voz E disse "vai, que essa vida é passageira"

Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!