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Cidadão Estatística

Filhos do vício
Entregues ao precipício
Desde o início
Gira, pira, então, um tiro

Já viu como são as favelas de uma novela?
No mundo real, várias mães ascendem velas

Dizem que foi de bala perdida
Mas foi certeira, na direção de quem já não tinha saída
Um rapaz de vida tão sofrida
De um sistema farmacêutico que não cicatriza sua ferida

Te faz parar e apenas ameniza
Te faz viajar em uma falsa brisa

Há farmácia em todo lugar
Basta apenas escolher com o que desejará se dopar
Pode entrar em qualquer lar
Só cabe a você o querer, o poder ou o se preocupar

A história é verídica
Mais um cidadão estatística
De físicas e químicas
Pena de morte sem jurídica

Não foi, nem fez parte de suas notícias populares
Mas foi mais um, dos muitos de todos os lugares

Refém de uma tática
A paz que não é colocada em prática
Refém da matemática
Mais um número da subtração apática

Cidadão estatística
Criado pela ausência política
E uma falsa polícia
Que não aceita duras críticas

Nosso comum acordo é acordar cedo
E ainda assim sermos vítimas do medo

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias