Pular para o conteúdo principal

Ossos de Carvão

Demoramos para encontrar o nosso lugar
E quando encontramos, querem nos tirar a força de lá
Demoramos para levantar e para superar
E quando retomamos a postura, querem nos empurrar

Mas expectativas
São a culpa do espectador
Que em tentativas
Prefere remoer e sentir dor

Demoramos para ter paciência e simplificar
E quando estamos em paz, querem desse momento, nos destronar
Demoramos para tomar ciência do purificar
E quando deixamos a escuridão, os nossos demônios querem voltar

Mas perspectivas
São a culpa do pensador
Que em negativas
Prefere recorrer ao amor

Demoramos muito para aprender a viver
E nem sabemos se nós vivemos de verdade
Demoramos muito para aceitar o morrer
E nem sabemos como é essa tal eternidade

Toda iniciativa tem alguma alternativa
Não deixe nada estar a deriva
Mas de todo final, não se tem esquiva
Não pense nisso, apenas viva

E sentir culpa, é tomar a consciência de seu próprio erro
Então assim, aprender, convivendo em meio ao pesadelo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias