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Ossos de Carvão

Demoramos para encontrar o nosso lugar
E quando encontramos, querem nos tirar a força de lá
Demoramos para levantar e para superar
E quando retomamos a postura, querem nos empurrar

Mas expectativas
São a culpa do espectador
Que em tentativas
Prefere remoer e sentir dor

Demoramos para ter paciência e simplificar
E quando estamos em paz, querem desse momento, nos destronar
Demoramos para tomar ciência do purificar
E quando deixamos a escuridão, os nossos demônios querem voltar

Mas perspectivas
São a culpa do pensador
Que em negativas
Prefere recorrer ao amor

Demoramos muito para aprender a viver
E nem sabemos se nós vivemos de verdade
Demoramos muito para aceitar o morrer
E nem sabemos como é essa tal eternidade

Toda iniciativa tem alguma alternativa
Não deixe nada estar a deriva
Mas de todo final, não se tem esquiva
Não pense nisso, apenas viva

E sentir culpa, é tomar a consciência de seu próprio erro
Então assim, aprender, convivendo em meio ao pesadelo

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O Verbo

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Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!