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Pífios

Das vezes que quis andar por aí descalço
Mãe dizia - Não saia sem casaco
Das vezes que quis suprir o meu cansaço
Não tinha universo, nem espaço

Das vezes que ouvi mil vozes em pedaços
Meu espelho estava em cacos
Das vezes que na escuridão eu ouvi passos
Senti claustrofobia num abraço

Pessoas tão vazias nos olhares
Cheias de frases mudas pra falar
Pessoas tão perdidas em bares
Cheias de frases mudas pra falar

Os extremistas não compreendem
Que uma moeda tem dois lados
Regridem e agridem como podem
Irracionais, voltam ao passado

Caçam como vorazes animais ou como neandertais
Criam novos conceitos tradicionais
Querem respeito, mas não repeitam os próprios pais
E acreditam que a guerra trará paz

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias