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Asfixia

Mãos ao alto
É para a revolução ou é um assalto?
Nãos em atos
É para repressão ou é um planalto?

Superficial nas redes
Mas profundo e sedento
A proteção ao verde
Enquanto, passa-tempo

Da fala boa e da dissertação impecável
O bom homem burro
Nos muros a nossa impaciência notável 
Berros em sussurros

Muitas vezes nós não levantamos bandeiras
Com medo de nos envolvermos demais com toda essa guerra
Então ficamos perplexos em meio à asneiras
Só ouvindo e observando o que está sendo plantado na Terra

Difícil viu meu filho, saber que alguns frutos nascerão podres
E que as raízes param no que é concreto
Difícil viu meu filho, não saber qual será o perfume das flores
Tubos de ensaio sem abelhas ou insetos

Eu deixei de amar o mundo
E estou a cada dia mais inseguro
De hipocrisias, me confundo
E tento buscar forças, lá no fundo

Pra quem sabe, tentar viver (bem)
Ou, ao menos poder morrer (bem)

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias