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Meio Céu

Estamos em movimento
Mas nossas órbitas não colidem
De horizontes e templos
Onde nossas forças comprimem

Imagina o contato
E qual seria o tamanho do impacto?
Desastre imediato
Será que estamos sendo sensatos?

Vejo nas superfícies
Cores que não estão em seus solos
Índices de planícies
Perspectivas de abraços sem colos

Seguimos no ritmo das batidas
Mas às vezes paramos quando estamos acelerados
Seguimos de cicatrizes e feridas
Mas às vezes paramos para sentir essa dor calados

Gritamos alto ao nosso mundo
Fazendo nossa tempestade silenciosa
E levantamos castelos e muros
Somos absolutos em orações e prosas

Perdidos no poder do que achamos que é nosso
Apenas sorteamos cartas em meio aos destroços

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias