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Constante Impermanente

Me deparei com minha falta de fé
E contando meus passos perdidos
Me perdi e antes de chegar ao dez
Sabia que teriam muitos sofridos

Me reparei em um espelho trincado
Eu não sou perfeito, mas não estou rachado
Ao contrário de muitos mascarados
Que não enganam à ninguém, só ao retrato

Enganam a si mesmos e só, só
Não conseguem ter a força na voz
Nem quando a levantam feroz
E ainda tem coragem de dizer Nós

Aos alquimistas das palavras que mudaram minhas opiniões
Saber ouvir fez eu me sentir melhor e com mais informações

O fato de me encontrar já é difícil
Imagina o que é me encontrar em alguém
Mas não uso isso como precipício
E espero que minhas preces digam amém

Caminho em pontes de que na hora certa terei a pessoa certa
Atravesso trilhas e montes, em curvas e retas e sempre alerta

A fé pode voltar com frases de um desconhecido qualquer, na rua
No ponto de ônibus ou na mesa de um bar
Hoje a minha paciência reina, mas às vezes a ansiedade é ditadora
E tenho poucos lugares para chamar de lar

Todas as vias apontam para o mesmo lugar
É tanto final, tanto início, tantos ciclos, circular
E de longe já posso ver onde vamos chegar
É tanto final, tanto início, tanto vício pra deixar

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias