Pular para o conteúdo principal

Aquela

Não sei o que você algum dia viu em mim
Não sei se o que sentimos foi real
Não sei o que tive na cabeça, deixar partir
Não sei, mas sei que teve um final

E hoje, em meio a fumaças leves
Acompanhadas de um bom vinho
Tão confusas na fusão de um jazz
As velhas memórias que vão vindo

Escolhas foram feitas e ainda estou escolhendo
Deve ser a maldição de um libriano
As lições foram dadas, eu continuo aprendendo
E o peito continua desequilibrando

Por mais que a cabeça adore voar
Os pés ainda me seguram e me prendem ao chão
Por mais que pareça doce relembrar
Esse passado não deixa de ser uma mera invenção

E ficar preso a esse pretérito, silencia
Pois o silencio nem sempre é uma boa companhia
E a convivência com a solidão, distancia
Então me torno detento de devaneios e fantasias

Às vezes ainda quero voar
Às vezes ainda quero sangrar
Às vezes ainda quero
Às vezes, ainda quero...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Fé renascida

Dizem que para dar o primeiro passo é preciso coragem E que para seguir em frente é inevitável e necessário ter disciplina Que se quiser continuar subindo, é essencial ter bagagem E que é indispensável ter concentração para continuar lá em cima Sou filho da mudança, da fé e do tempo  No caminho de um lutador que sonha com a utópica justiça  Sou concentrado, mas nem sempre atento Peço proteção contra a inveja e invisibilidade perante a cobiça No quarto, tenho quadros de heróis que não existem  No fone. playlists separadas por sentimentos e não estilo Fui inspirado nas histórias daqueles que insistem Não parei de desenhar, apenas mudei traços e requisitos Eu não assinei contrato com algum demônio Mas com os santos que vocês domonizaram Peço conselhos às bruxas que vocês queimaram E leio as cartas dos ciganos que expulsaram  E eu que que achava que era esquizofrenia As vozes na minha cabeça eram intuição, instinto O passado que não vivi na presente ironia Destino escrit...

Rabiscos e Alma

Tudo o que não inspira, se expirará E tudo aquilo que inspira, eterno será A arte da criança na parede a aparecer Um ato de esperança ainda a florescer Rabiscos de Giz no chão Representam o Céu e o Inferno Rabiscos de Giz no chão De um interno artista moderno Tudo o que não inspira, se expirará E tudo aquilo que inspira, eterno será A arte do maluco num quadro abstrato Um ato exato do ser mais insensato Rabiscos de Tinta no quadro Representam o verão e o inverno Rabiscos de Tinta no quadro Não alterno, não há folhas de caderno A sua visão só irá ver O que sua mente cobiça e deseja compreender E sua mente só ira ver O que a consciência decidir que tu deve saber...