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Aquela

Não sei o que você algum dia viu em mim
Não sei se o que sentimos foi real
Não sei o que tive na cabeça, deixar partir
Não sei, mas sei que teve um final

E hoje, em meio a fumaças leves
Acompanhadas de um bom vinho
Tão confusas na fusão de um jazz
As velhas memórias que vão vindo

Escolhas foram feitas e ainda estou escolhendo
Deve ser a maldição de um libriano
As lições foram dadas, eu continuo aprendendo
E o peito continua desequilibrando

Por mais que a cabeça adore voar
Os pés ainda me seguram e me prendem ao chão
Por mais que pareça doce relembrar
Esse passado não deixa de ser uma mera invenção

E ficar preso a esse pretérito, silencia
Pois o silencio nem sempre é uma boa companhia
E a convivência com a solidão, distancia
Então me torno detento de devaneios e fantasias

Às vezes ainda quero voar
Às vezes ainda quero sangrar
Às vezes ainda quero
Às vezes, ainda quero...

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias