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Último Vagão (parte 2)

Ninguém escolhe o mesmo caminho
Nem sempre há abraços e sorrisos
Você percebe não estar sozinho
Ao domesticar seu próprio Narciso

Somos os nossos próprios mitos
Heróis no próprio quadrinho
Às vezes paro, penso e reflito
Que o preço do poder é perder o juízo

Muito mais que um mero clichê de echarpes e pantufas
A camisa mais velha que você deixa ela usar
Muito mais que um presente bobo de bombons e trufas
Um café na montanha sem histórias pra contar

Chegamos tão longe e não foi por coincidência
Pois nós rezamos tão forte, que foi por paciência

Admiro aquele amigo que não tem medo de voar
Que não tem medo de deixar a maré levar
Amar é saber levar contigo o sentimento do libertar
Do Universo tão interno, o labirinto do sonhar

Somos cria de um criador que também cria a dor pra ensinar

Do último vagão ela partiu sem se que me dar adeus
Foi um olhar, um calafrio, a lacuna de um abraço seu

Somos cria de um criador que também cria a dor pra ensinar

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