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Último Vagão (parte 2)

Ninguém escolhe o mesmo caminho
Nem sempre há abraços e sorrisos
Você percebe não estar sozinho
Ao domesticar seu próprio Narciso

Somos os nossos próprios mitos
Heróis no próprio quadrinho
Às vezes paro, penso e reflito
Que o preço do poder é perder o juízo

Muito mais que um mero clichê de echarpes e pantufas
A camisa mais velha que você deixa ela usar
Muito mais que um presente bobo de bombons e trufas
Um café na montanha sem histórias pra contar

Chegamos tão longe e não foi por coincidência
Pois nós rezamos tão forte, que foi por paciência

Admiro aquele amigo que não tem medo de voar
Que não tem medo de deixar a maré levar
Amar é saber levar contigo o sentimento do libertar
Do Universo tão interno, o labirinto do sonhar

Somos cria de um criador que também cria a dor pra ensinar

Do último vagão ela partiu sem se que me dar adeus
Foi um olhar, um calafrio, a lacuna de um abraço seu

Somos cria de um criador que também cria a dor pra ensinar

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias