Pular para o conteúdo principal

Sutileza agressiva

É por doer que necessitamos aprender a perdoar, absolver
E acima de tudo, a nós mesmos por todas as nossas imperfeições
Mas às vezes nós perdoamos pelo simples medo de perder
E assim nós sumimos em meio a seres vazios e as suas escuridões

É por observar e nos calar, que nós aprendemos a absorver
É preciso seguir em frente e tirar o passado apenas como nossa lição
É por raciocinar, que o coração vai ficando de lado a temer
Consumidos de pânico, fracassamos ao que deveria ser determinação

No meio da noite, com passos na cabeça
A criança se cobriu em algo mais escuro que os seus monstros
Deu ao medo, uma fé de que desapareça
E se confortou na segurança de lençóis, se perdeu em encontros

Foi ensinada pela covardia e pelo pavor a se encolher
E hoje quando lhe mostram a luz, ela não sabe como a acolher
Foi ensinada pela fraqueza e pela fobia a não escolher
E hoje quando lhe mostram a luz, ela só sabe como se esconder

Assim a criança com medo da escuridão, virou um adulto com medo da luz...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias